segunda-feira, 23 de junho de 2008

Vôo Livre

Amanhece mais um dia.
Sinto frio e estou fraca.
Minha energia está esgotada!

Esse imenso frio arrepia a minha alma.
Há um grande silêncio, que invade o ambiente...
Vidas se foram e os seus corpos estão expostos.

Que dia!!!

Há um delírio em volta desse pranto coletivo.
Como é dura a dor da morte!
Vidas foram ceifadas e mal lhes restaram seus corpos.

Que tragédia!!!

Ai... Quanto frio sinto em minha alma!
Há areia escura e pesada... Há lama; há fumaça.
Onde estão todos???

Não sei o que faço.
Estou morrendo...
Preciso de um abraço!!!

Está frio... Muito frio!
Quero um agasalho.
Uma voz me chama...

É uma voz amiga, de quem não tenho notícia há anos!
Não sei se me deito ou me levanto.
Respiro com dificuldade; abro os olhos...

Uma porta se abre.
Vejo uma luz muito forte.
Confusa, fico presa entre o tempo e o espaço.

Essa luz me toma e me envolve em seus braços.
De repente flutuo...
Aquecida e renovada, agora sou um pássaro!

Nenhum comentário: