segunda-feira, 23 de junho de 2008

Que mundo é esse?

Há vários objetos espalhados na desordem do meu quarto.
Há muita confusão lá fora: buzinas, vozes, latidos, risos,
Gemidos, gritos, fumaça, faróis...
E eu aqui, debaixo dos meus lençóis, triste; só.
Sinto-me acuada, presa fácil...
Carente, impotente, assustada, cansada...
Estou doente ou apaixonada?
Não consigo discernir os meus sentimentos.
Tenho os meus lamentos. Às vezes penso
Que estou morta, acabada!
No meio dessa bagunça, sou ninguém, sou nada.
Saio de mim, viajo.
Fujo de responsabilidades. Fecho os olhos; deito e rolo.
E a vida passa sem graça.
Ela me armou várias ciladas. Estou tão desolada!
Essa jornada não é nada fácil...
Se não dou o melhor de mim, a vida me rouba,
Sacode tudo e ainda ri da minha cara.
Ô mundo ingrato, injusto, escrachado!
Quero dizer algo, mas ninguém me ouve ou me olha!
Todos correm e não sabem para onde... Apenas correm;
Não sabem de nada!
O relógio não espera... O capital impera.
De longe observo a multidão...
De repente alguém ousa deixar uma moeda cair no chão...
Olha só o que acontece: O povo enlouquece!!!
Ô mundo cão!!!

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