segunda-feira, 23 de junho de 2008

Amar

Disseram-me que amar é
Sentir o coração; é viver
Essa emoção sem limites,
Sem culpa, sem medo.

É se dar sem esperar retorno.
É transbordar.
É fazer alguém feliz...
É pôr um brilho em outro olhar.

Isso parece fácil:
Amar, se dar, transbordar, pôr um brilho em outro olhar...
Que sonho puro!
Tento agir assim, mas não consigo.

Como posso me alimentar disso?
Deixar um pássaro livre, a voar?
Assim não consigo construir um ninho!
Quem consegue amar sozinho?

O amor é meu. Ele me pegou e eu o tenho comigo.
Já o dei a tantos pássaros...
Que, livres, voaram e não voltaram.
Será que não me amaram?

Aventuraram-se no tempo e no espaço.
E eu achava que era feliz.
Por isso, acreditava que tinha
Ou será que me enganava?

Assim eu insistia; então me dava.
Eu sorria, cantava, sonhava... Vivia.
Amava e, às vezes,
Sentia-me amada...

Por alguns minutos, algumas horas, alguns dias...
Mas jamais por muito tempo,
Muito menos por uma eternidade...
Mesmo quando durava!

Desculpe-me Vinícius!
O tempo é cruel e passa rápido.
O amor é meu e “esse” é eterno!
Nasceu em mim e vai embora comigo...

Enquanto dure; é o pássaro livre,
Que voa... E de tão livre não volta.
É a pessoa que passa... Que passa.
Não constrói ninho, pois se basta!

Talvez eu não tenha aprendido a amar...
Quem sabe, eu seja egoísta, ame para mim,
Querendo a minha cara-metade...
O meu ninho para cuidar?

Talvez, para muitos, amar sem compromisso seja mais fácil.
Lamento “Pequeno Príncipe”, lhe contrariaram...
Cultivar e não se responsabilizar, viver na boemia, de bar em bar...
Voar, voar...

Não...
Não quero mais amar sozinha!
E se o verdadeiro amor não cobra...
Então não amo de verdade!

Sou egoísta! Quero do amor o pacto!
Quero o suor, o sangue, a carne... A carne.
Quero no ventre a vida...
Fruto do amor ou do pacto!

Engravidar junto...
Sentir vontade junto...
Passear, acompanhar cada passo junto...
Sorrir e chorar junto!

Dá à luz a vida e, no peito,
Saciar a fome, alimentar o desejo...
E eternizar o amor, no encontro sublime da verdadeira
Essência do ser, que sou.

Ser carnal, por isso, passivo de erros.
E também enquanto matéria, passageiro...
Mas principalmente espiritual, infinito, grandioso...
E assim, eterno.

É esse o amor que quero!
Talvez por causa disso eu seja o lobo,
Que de tão mau, espante o pássaro;
Que assustado voa, voa... E não volta.

Ou , quem sabe, sou o bobo,
Que ama, ama... E ama.
E de tão apaixonado escuta, mas não ouve;
Vê mas não enxerga; sonha, luta, mas não alcança.

Pode ser que eu ame da forma errada... Sou toda errada!
Sou egoísta, sou lunática!
Será que porque procuro minha cara-metade,
Sou vilã ou vítima da minha própria vontade?

O amor é meu...
Está em mim.
É só isso que eu sei...
Não sei de mais nada!

Saber Amar

Não sei amar...
Sou mãe, babá, massagista, economista,
Masoquista, fetichista...
Sem tendência fria ou calculista.

Não sei amar...
Sou frágil, derretida...
Feminina, sensual,
Fiel e hétero sexual.

Sou manhosa, atrevida e felina...
Em momentos especiais
Libero o meu instinto animal;
Sou carnal.

Sou frágil, porém inquebrável...
Mas não tenho peito de aço.
Sou fêmea que respeita seu macho,
Estando aqui, ali ou do lado de lá.

Não sei amar...
Adoro filhos, família, lar.
Sou bobinha, sorrio à toa,
Faço cafuné e adoro brincar!

Perco horas de sono
Só para aproveitar sua companhia...
Seja noite, seja dia;
Adoro conversar!

Não sei amar...
Trabalho o dia todo, sem parar.
E à noitinha sou sua
Florzinha a desabrochar.

Não sei amar...
Ainda reservo tempo para a vaidade;
Salão, dieta, esporte, massagem.
E ainda corro para agradar o meu amado...

Sou sensível; escrevo poesia.
Encaro sem ironia, suas manias...
Aquelas que para os homens
São tão naturais!

Não sei amar...
Não finjo orgasmo ou
Dor de cabeça. Adoro ser sua presa!
E para lhe provocar, até me deito nua no sofá!

Não sei amar...
Não sou cruel ou bandida.
Nem dou despesa ou faço fita...
Ao contrário, sou falida por tanto querer ajudar!!!

Adoraria aprender a amar!
Por isso, pensei em adotar aquele livro
“Homens são de Marte”,
“Mulheres são de Vênus”...

A fim de aceitar sorrindo
Nossas diferenças, que são tantas...
Mas nem por isso deixei de lhe amar
Porque achava que você me via de uma forma tão especial...

E aí resolvi comprar outro livro
Que fala sobre “Mulheres que amam demais”...
E lendo atentamente sofri um bocado, porque descobri que sou
Essa “Mulher que ama demais” e, talvez por isso, não consegue ser amada!

Cada Canto

Vivo o encanto da vida em cada canto...
Canto dos pássaros.
Canto de um homem.
Canto da boca...
Com língua molhada roçando
O aveludado céu da tua boca...
Deslizando macia, leve, feliz e solta.

O Dia Em Que Eu Partir

O dia em que eu partir



No dia em que eu partir ouvirei música calma, seguirei os pássaros e, num vôo livre e suave, Sentirei a brisa perfumada a me envolver num abraço.
Olharei para o alto e verei o céu em luz se abrir para eu entrar.
A luz dissipará nuvens e flutuarei leve e feliz. Sei que haverá lágrimas... Aquelas de saudade,
Que evaporarão e carregarão no seu sal, o gosto do sentimento de cada ser que amei e amo.
Assim, terei sempre a lembrança de pessoas queridas, que fizeram parte da minha vida.
E cuidarei de preparar o melhor caminho para um reencontro feliz num sonho eterno.

Você e Eu

Você é exato; eu humana.
Você é água; eu fogo.
Você é instinto; eu amor.
Você é riso; eu lágrima.
Você é sol; eu lua.
Você é razão; eu loucura.
Você é sólido; eu líquido;
Você é ético; eu etérea;
Você é ter; eu ser.
Você é poder; eu querer.
Você é você; eu outro ser.
Você é meu;e eu sou sua.

Olhar Distante

Existe em ti um olhar distante...
De segredo guardado e
Desejo constante.
Ah... Quantos sonhos!
Ver-te assim, tão longe,
Dói tanto!!!
Imagina... Eu aqui inteira e tua me vejo...
E invisível aos teus olhos,
Padeço!

Momento

Por vários motivos sorrio, choro; fico triste, grito...
Enlouqueço.
De você jamais me esqueço.
A vida nos vira do avesso.
Acredito, tenho o amor que mereço!
Coisa linda... Te amo!
Não permita que esse imenso
Amor, de nós, se perca!!!

Meu Lindo

Meu lindo

Ser você mesmo, sem máscara, sem medo
É o que me encanta.
Somos livres e um pouco criança.
O amor é nosso, não importa
A distância.
Tudo o que é belo atrai, fascina.
Imagina... Quem não se apaixona
Por um sorriso lindo?
Meu coração é seu...
Amor não tem preço!

Vida Mágica

Não há mais nada em mim que me faça viver
Intensamente as coisas comuns, do dia a dia.
Vivo sem emoção; nada mais me surpreende.
Tudo é mesmo uma grande ilusão...
Nada é para sempre. De repente tudo se esvai
E não resta nada. A vida é curta... Bem curta!
Não somos o real... Somos como mágica!
Nem nosso corpo nos pertence.
Viemos do pó e ao pó voltaremos...
Isso é forte!
O real é mesmo o infinito; o eterno...
O "Para Sempre" está aonde não o vemos.
Perto ou longe vamos caminhando, como que
Procurando um verdadeiro sentido para a vida.
Cedo ou tarde encontramos a morte...
E morrer na matéria é se libertar para o etério, que é eterno.
Isso é certo!
A vida do lado de cá é mágica.
O concreto é realmente o eterno... O “para sempre!”
Meu coração não bate mais aflito. Ele entendeu que
A vida é um grande risco e por isso, não precisamos ter pressa.
Essa vida é frágil e incerta.
E, aqui, viver de ilusão é o que nos resta!

Vôo Livre

Amanhece mais um dia.
Sinto frio e estou fraca.
Minha energia está esgotada!

Esse imenso frio arrepia a minha alma.
Há um grande silêncio, que invade o ambiente...
Vidas se foram e os seus corpos estão expostos.

Que dia!!!

Há um delírio em volta desse pranto coletivo.
Como é dura a dor da morte!
Vidas foram ceifadas e mal lhes restaram seus corpos.

Que tragédia!!!

Ai... Quanto frio sinto em minha alma!
Há areia escura e pesada... Há lama; há fumaça.
Onde estão todos???

Não sei o que faço.
Estou morrendo...
Preciso de um abraço!!!

Está frio... Muito frio!
Quero um agasalho.
Uma voz me chama...

É uma voz amiga, de quem não tenho notícia há anos!
Não sei se me deito ou me levanto.
Respiro com dificuldade; abro os olhos...

Uma porta se abre.
Vejo uma luz muito forte.
Confusa, fico presa entre o tempo e o espaço.

Essa luz me toma e me envolve em seus braços.
De repente flutuo...
Aquecida e renovada, agora sou um pássaro!

Tragédia Humana

Ó, seres mortais; impotentes humanos!
Alguém sabe para onde vamos?

Andamos,
Corremos,
Literalmente voamos,

Mas não sabemos como e quando, nem mesmo aonde chegamos.
Será que chegamos a algo, ou a algum lugar ou continuamos?

Mesmo parados estamos girando...
Uns partindo, outros chegando.
Até quando? Parece que tudo está se acabando!

Instalou-se o pânico...
Quanta incompetência humana!!!

Estamos à deriva, ouvindo gemidos e gritos
De dor e de espanto.
Há um pranto coletivo invadindo nosso sono.

Quantos sonhos!
Que fiasco!!
Não somos e não temos nada!!!

Essa é a única certeza...
Estamos de passagem e
De repente nosso grito ecoa no espaço.

Certeza

Afastei-me de tantas coisas...
Da música, da vida, da poesia,
Dos meus sonhos...
Daquilo que eu mais queria!
Do meu "eu"; de mim mesma...
Da minha vida de alegria!
Não sei nem como e onde estou.
Parei!
Será que me esqueci em algum lugar?
Não sei se estou viva ou encantada.
Só sei que estou aqui, mas não me sinto,
Não me percebo e nem me vejo...
Não agüento mais essa ausência de mim mesma!
Não sei de mais nada!
Estou tão longe!
Tenho apenas a certeza dessa solidão guardada, que me esconde.
E da profunda tristeza, que não me larga!

Regresso

Por que nascemos pequenos e vivemos sabendo que vamos morrer?
Deveríamos fazer o caminho inverso:
Nascer grandes e prontos... Com toda uma vida que garantisse
Dignidade, justiça... Numa porção exata para cada dia.
Se começamos a morrer quando nascemos, então viveríamos em
Contagem regressiva, subtraindo também as coisas materiais que
Nos sustentam, inclusive vestes e alimento. Teríamos luz sempre.
Como seria rejuvenescer a cada dia?
Penso que nos olharíamos no espelho e veríamos assustados, mas
Felizes, a transformação do velho para o novo, do grande para o pequeno...
E saberíamos que o nosso tempo estaria se esgotando a cada dia.
Assim, não correríamos tanto, pois já teríamos certeza da nossa hora.
Zerando o tempo, retornaríamos nus, para o ventre quente e macio...
E assumiríamos o tamanho do ovo, rompendo em
Espermatozóide e óvulo para enfim, evaporar como o éter e, etereamente alcançar
O espaço azul-celeste e ser o infinito... Ser o céu... Ser a terra... Ser o mar... Ser brisa...
Ser vento... Ser nuvem... Ser tempo... Ser luz... Ser sol... Ser sentimento... Ser amor!!!

Vazio no Peito

Cadê meu coração?
Não o sinto mais bater dentro de mim...
Alguém o roubou; está vazio o meu peito.
Não sinto alegria, nem dor...
Quero sentir de novo a vida...
Devolva, por favor, quem arrancou
De mim um coração que sofre, mas é só amor!

Metamorfose

Alimentei-me de sonhos, amor e vida.
A vida engoliu meus sonhos e me mostrou
A outra face do amor...
A dor.

Para Quem Me Amar

Quando me amar, não me ame pela metade...
Procure-me até achar.
Beije-me sem parar.
Conte as horas para me encontrar.
Compre-me flores... De todas as cores.
Tire-me para dançar.
Fotografe-me com um olhar.
Carregue-me no colo, como se eu pudesse quebrar.
Surpreenda-me sem pressa, sem hora marcada.
Cubra-me de jóias... Verdadeiras ou falsas.
Dirija meu carro; cuide de mim.
Planeje uma festa a dois; tape os meus olhos e me beije.
Faça-se presente em nossa casa.
Refresca-me do calor; acalma o meu furor.
Proteja-me no nosso ninho de amor.
Caminhe ao meu lado sempre...
Nunca atrás de mim, nem tampouco na minha frente.
Seja dócil comigo... Segure firme a minha mão e beije também a minha face.
Diga-me que sente saudades e até um ciúme moderado!
Sussurre no meu ouvido que continua me querendo...
Que sou linda... Que sonhou comigo a noite inteira.
Tenha zelo pelo nosso sentimento, carinho por nós dois...
Planeje algo diferente... Venha feliz ao meu encontro...
Fale baixinho, mantenha o bom humor...
E seja para mim somente amor, amor, amor!!!

Quanta Ilusão!

É preciso adoçar a vida, pois viver não é fácil.
Quero o doce para afogar minhas mágoas.
Careço do mel descendo suave em minha garganta...
Chega de amargar o fel; vida louca; pura ilusão!
Estamos como trouxas sob o poder da nação.
É muita ambição... Nada chega!
Estamos ficando loucos,
Sendo governados por gafanhotos!
Estão nos colocados num constante paredão.
Quanta maldade; é só decepção!
Sofremos a troco de nada.
A humanidade caminha para a autodestruição.
Dessa vida amarga não levamos nada; nem mesmo o que há no coração.
Nosso corpo é apenas um casulo; a borboleta voa e a casca cai no chão.
O mundo está num constante furacão! Nele quase tudo é armação.
Mata-se por nada!
Há ódio por todos os lados. E o fel escorre nos cantos da boca
Do louco dominado pela ambição.
A vida está uma imensa devassidão.
Na verdade ninguém tem nada!
Abram a porta da realidade,
Para mandar embora toda vaidade e libertar o coração!
A vida é ilusão!
O real é a eternidade... Essa sim é a única verdade!
Estamos apenas de passagem, e muitos caminham para a boca do leão...
-Coitado do leão!
A terra vive uma grande ansiedade.
Até o mel suave foi alterado.
E o leite; nem se fala!
Imagina só, água suja sendo engarrafada!!!
O mundo virou de cabeça para baixo.
Tudo está muito claro; não há mais tempo para nada.
Estamos no olho do furacão!
Acabaram com o amor e a poesia; depois de tanto terror
O que restou foram escombros e solidão!
Assim, eu corro para espantar a dor...
Do sonho que acabou; do amor
Que não passou de ilusão; de vozes que gritam na multidão;
De toda injustiça que há na vida...
Do horror da maldição!
Corro também sem saber para onde...
Do medo me escondo.
Procuro uma porta invisível; sei que ela existe...
Está bem perto do perigo.
Exausta suspiro, ergo a cabeça e vejo essa porta no horizonte...
Sorrio, pois sei que do outro lado existe algo brilhante!!!

Força do Tempo

O tempo não espera...
É cruel; ele corre rapidamente, voa.
Temos que acompanhá-lo de coração aberto,
No peito que explode de emoção.
Angústia, dor...
Seja o que for, transforme tudo em amor,
Na criação do que for: livro, música, poesia, flor, sabedoria...
Vida, vida, vida; amor; amor... Amor!

Única Amiga

Estou perdida; sem poesia, sem vida!
Não sei onde foi parar o meu coração.
Não o sinto bater no meu peito!
Essa vida é muito sofrida...
Minha única amiga é a solidão.
Preparo para ela uma despedida...
E faço as pazes com a emoção.

Que mundo é esse?

Há vários objetos espalhados na desordem do meu quarto.
Há muita confusão lá fora: buzinas, vozes, latidos, risos,
Gemidos, gritos, fumaça, faróis...
E eu aqui, debaixo dos meus lençóis, triste; só.
Sinto-me acuada, presa fácil...
Carente, impotente, assustada, cansada...
Estou doente ou apaixonada?
Não consigo discernir os meus sentimentos.
Tenho os meus lamentos. Às vezes penso
Que estou morta, acabada!
No meio dessa bagunça, sou ninguém, sou nada.
Saio de mim, viajo.
Fujo de responsabilidades. Fecho os olhos; deito e rolo.
E a vida passa sem graça.
Ela me armou várias ciladas. Estou tão desolada!
Essa jornada não é nada fácil...
Se não dou o melhor de mim, a vida me rouba,
Sacode tudo e ainda ri da minha cara.
Ô mundo ingrato, injusto, escrachado!
Quero dizer algo, mas ninguém me ouve ou me olha!
Todos correm e não sabem para onde... Apenas correm;
Não sabem de nada!
O relógio não espera... O capital impera.
De longe observo a multidão...
De repente alguém ousa deixar uma moeda cair no chão...
Olha só o que acontece: O povo enlouquece!!!
Ô mundo cão!!!

Insônia

Cadê meu sono? Fugiu de mim e se escondeu!
Procuro, mas não o encontro...
Deitada, olho em cada canto; respiro fundo,
Levanto, revisto livros, gavetas e estantes.
Chego ao desespero...
Vasculho antigos brinquedos, pelúcias,
Cartas, músicas, vasos, fotos, fatos!
Fecho os olhos...
Encontro o meu sono no passado.
Tenho um estalo!
Pego caderno, caneta, me deito,
Começo a escrever, e assim viajo...
Sem perceber o sono me abraça,
E indefesa adormeço em seus braços.

Luz

Trago comigo uma luz forte.
Uma história escrita nas páginas da minha vida,
Marcada passo a passo, na terra e às vezes no espaço.
O que não realizo, vivo em sonho.
Assim, não perco da vida o encanto.
E essa luz, forte, permanece comigo
Aonde eu ando.

Confusa

Hoje chorei como há muito não chorava...
Com o coração apertado de dor.
Por não entender profundamente o que se passava,
Perdi-me em meio a tantas lágrimas...
Lágrimas que lavaram a minha alma, com um sentimento
Que não mais me alcançava: O amor.
Ninguém vive sem amor.
Há quem diga que sim, mas um dia reclama que perdeu
Um amor que tinha, e nem sabia.
E agora, em agonia, diz que a vida é mais bela para quem
Vive o calor desse esplendor.

Calamidade

É...
Hoje estou curtindo fossa!
Mais dia menos dia, isso aconteceria.
Vejo urubus em cima de carniça e
Não sobra nada!
Eca!!!
Sinto náusea!
Sumo... Ponho o pé na estrada!
Sinto muito, a vida não me diz nada!
Retraio-me, pois contigo não sou nada!
Retomo minha liberdade, que realmente é tudo.
O resto significa nada vezes nada!

Mar

Ó mar! Desespero-me só em lhe olhar.
Na sua imensidão procuro com cuidado
O meu cavalo marinho.
Quero lhe navegar e bem devagar
Preparar um ninho para, segura e feliz,
Contemplar seu interior sublime de
Aconchego, vida, amor, fidelidade e carinho.

Atordoada

Atordoada


Enlouqueci em meio a relâmpagos na escuridão...
Tensão, agonia, ventos e trovões.
Loucura...
Eu fora de mim me vejo tão assim,
Tempestade de emoções...
Frases soltas feitas de intuição.
Coração, apertado, diz sim.
E o juízo, maldito, diz não.
Que vida maluca e confusa é essa,
Que me consome em ciúmes, dor, medo e solidão?

Pluft...

Pluft é o que restou de alguém que se foi sem entender
O que é ser gente, e mesmo depois de saber, se negou ao
Fato de ter sido isso: Gente!
Pois viu que assim sente, sofre e também causa dor.
Pluft é o fantasma... É a curiosidade, é a inocência,
É o medo, é o terror.
É o espanto, o grito; é o suspiro, o alívio; é o canto, é o riso.
Pluft é provavelmente o que serei eu, será você, seremos todos nós
Quando partirmos dessa para outra melhor...
Quem sabe muito melhor?
Pluft, Pluft... Você não entendeu?
Gente é gente mesmo, viu?
Com certeza disso, ninguém que é vivo,
Nunca se esqueceu!!!

A Viagem

Vende-se um bilhete de ida e volta dessa vida.
A ida é com data marcada, mas sem prévio aviso
E sem direito à escolha da forma de partida.
É proibido levar mala. A estada é longa; não se
Sabe quando acaba.
A volta é outra grande caminhada...
Há quem diga que sabe o minuto, a hora e o dia.
Há quem creia que isso já está determinado.
A vida e a ida são mistérios que nunca foram desvendados.
Sabe-se apenas que chegamos, não sabemos para que e,
Mais cedo ou mais tarde partiremos, também nem imaginamos para onde.
Será que precisamos mesmo de um bilhete?
Se estamos aqui, creio que
Seja porque já o temos...
E o que realmente importa, é como vivemos!

terça-feira, 17 de junho de 2008


Dedicatória

Dedico este blog a toda a minha família, que eu amo tanto; aos meus amigos e amigas que me ensinaram muito sobre a vida... Muitas vezes até sem saber; aos meus irmãos brasileiros, que sentem na pele o mesmo que eu, e lutam por dias melhores e mais estáveis, em todos os sentidos; às famílias das vítimas dos vários acidentes de avião, que chocaram o país nos últimos tempos; às famílias de vítimas das balas perdidas, pela barbárie vivida nas favelas, periferias e também em vários grandes centros urbanos do país inteiro; aos escravos dos vícios... Vício da heroína, da cocaína, da maconha, do álcool, da beleza, da comida, da grandeza, do egoísmo, da maldade, do dinheiro... Dedico também ao pobre e ao rico, enfim, ao ser humano, que carrega em si o livre arbítrio de ser feliz ou triste.

A autora





Maria ou Amélia


Quero aprender a ser mulher.
Sei que não é fácil, mas tenho boa vontade e, assim, aprendo rápido.
Talvez haja um catálogo que explique passo a passo...
Quem sabe eu durma Maria e acorde Amélia,
Quem sabe???



sábado, 14 de junho de 2008

Nosso elo

Ainda não consegui aprender a lidar com sua ausência.
Toda vez que você parte leva meu coração.
No meu peito fica um vazio tão grande, que nada preenche tamanho vão.
Não tem jeito, acabo ficando amiga da solidão.
Não me esqueço da nossa vida cheia de alegrias...
Nossos risos fáceis e olhares face à face.
O carinho, os abraços e os beijos quentes e molhados...
Nosso espaço; nosso elo de ouro ou aço...
Nosso querer sempre em compasso.
Ah meu amado!
Você é mesmo o meu outro lado.
Não somos desse mundo...
Somos dois corpos celestes no espaço!

Homenagem à Isabella

Isabella agora é uma estrela.
Ninguém poderá assim, apagar o seu brilho.
Esse anjo de luz precisou ir embora para iluminar todos nós,
Com os seus raios tão intensos, porque lá de cima alcançaria mais gente!
Seu sorriso puro nunca sairá das nossas mentes...
E a história da sua passagem por esse planeta ecoará como um grito de "Salvem o amor enquanto há tempo!
" O mundo necessita urgentemente de amor"!
Precisamos amolecer os nossos corações para que a vida vingue e o universo melhore! Isabelinha, que o seu brilho nos alcance para sempre!!!
Descanse em paz!!!

Eu assim... Poesia sem fim.

Algo me sufoca...
Esperei e você não veio.
Tento disfarçar o meu medo.
Rodopio na noite e olho para o céu de estrelas.
Falta algo em mim...E o seu silêncio me atormenta.
Agora só lhe vejo em fotografias.
Você é feito mágica...
Ora me deito só, e acordo com você ao meu lado.
Ora sua voz se perde no tempo e no espaço.
Enquanto isso o medo me carrega nos braços...
E repousa meu cansaço.